Equidade racial e sustentabilidade: o papel do ESG

Nos dias de hoje, as conversas sobre equidade racial, sustentabilidade e a implementação de práticas ESG (ambientais, sociais e de governança) fazem parte dos primeiro, segundo e terceiro setores. Nesta edição do Conecta Terceiro Setor – Especial ESG, será apresentada a necessidade de abordar questões sociais, especialmente a racial, e como esse assunto se tornou importante para promoção da transformação social e diversidade.

Conhecendo o Pacto de Promoção da Equidade Racial

O Pacto de Promoção da Equidade Racial é uma iniciativa que surgiu com o objetivo de auxiliar empresas na implementação de práticas ESG, com um foco especial nas questões raciais. A ideia é que as empresas se tornem instrumentos de transformação social, reduzindo os desequilíbrios raciais que ainda persistem em nossa sociedade. Segundo Gibson Trindade, gerente executivo da organização, é fundamental tratar a questão racial de forma séria e profissional. “O primeiro passo para a implementação de práticas eficazes é realizar um diagnóstico. O Pacto criou um índice de Equidade Racial que utiliza dados das empresas, como relatórios anuais e informações sobre a população economicamente ativa, para entender o desequilíbrio racial existente. Isso ajuda a identificar as áreas que precisam de mais atenção e a desenvolver estratégias para corrigir esses gaps”, explica e continua “o diagnóstico deve ser seguido por ações concretas, como a contratação, retenção e promoção de profissionais de diferentes origens raciais. É um processo que não acontece da noite para o dia, mas que exige comprometimento e ação contínua.”

Educação como Ferramenta de Transformação

Gibson ressalta que a jornada rumo à equidade racial não é uma moda passageira, mas sim um processo evolutivo que requer educação, tempo e esforços contínuos. Isso é ainda mais relevante considerando que o Brasil tem uma história de desigualdade racial que se perpetua há séculos. Portanto, as soluções não podem ser imediatas; é necessário um investimento em educação e inclusão social.

“A educação pública deve ser mais inclusiva, permitindo que grupos historicamente marginalizados tenham acesso a oportunidades iguais. Além disso, é essencial que as instituições promovam ambientes que acolham a diversidade, criando espaços seguros para todos os colaboradores, independentemente de sua origem”, fala.

Diferenças entre Diversidade, Equidade e Inclusão

É importante entender as definições de diversidade, equidade e inclusão. Diversidade refere-se à variedade de características e experiências que diferentes indivíduos trazem para uma organização. Equidade, por outro lado, é garantir que todos tenham as mesmas oportunidades, considerando as desigualdades históricas que existem. Inclusão é o processo de criar um ambiente onde todos se sintam valorizados e respeitados.

Conecta Terceiro Setor

Para assistir na íntegra à entrevista com Gibson Trindade basta clicar aqui. O Conecta Terceiro Setor é uma iniciativa que apresenta as melhores práticas de gestão e governança nas Organizações da Sociedade Civil e semanalmente você pode acompanhar uma nova edição.